Por Jorge Serique*
Uma das melhores repórteres da Rede Globo, Cristina Serra, é a nossa primeira entrevistada do novo ano de 2012. Carismática, agradável, Cristina é do Pará, da cidade de Belém, e começou a sua carreira em meio a ditadura e na Rede Globo já contabiliza a sua experiência como correspondente em Nova York, enviada especial ao Haiti. Atualmente sua sede é Brasília. Nesta entrevista exclusiva ao colunista ela fala sobre o Plebiscito no Pará, jornalismo e da sua vida na capital do Brasil.
Jorge Serique: Conte-nos como começou a sua carreira jornalística?
Cristina Serra: Meu primeiro trabalho como repórter foi no jornal paraense Resistência, da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos, em Belém, em 1982. Eu ainda era estudante da UFPa. Foi uma experiência marcante e que me definiu profissionalmente, me fez ver que o jornalismo deve ter como norte a defesa do cidadão. Na época, o Brasil ainda vivia sob ditadura e a o jornal enfrentava enormes dificuldades para ser feito e publicado. Ter convivido e trabalho com aquelas pessoas foi um privilégio. Me ensinou muito sobre jornalismo e democracia. Depois, fui para o Rio de Janeiro, onde terminei a faculdade na Universidade Federal Fluminense e, durante o curso, fiz muitos estágios. Até que, em 1986, quando me formei, entrei para o Jornal do Brasil, por meio de uma prova de seleção. Depois, trabalhei na revista Veja e na Rede Globo, onde estou até hoje.